segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Os Fabulosos

"O mistério de uma vírgula" , "O homem de ferro" , "O que Jesus escreveu na areia". Esses são alguns títulos ou temas de pregações que vi e ouvi de uns tempos para cá. Quero falar nesse artigo sobre os pregadores fabulosos, mas fabulosos no sentido de contadores de fábulas.
Com essa modinha de vídeos no facebook esses dias me deparei com um vídeo de um jovem pregando numa determinada igreja, nessa mensagem eu pude perceber os mesmos vícios comuns a maioria dos pregadores tais como: falar impondo a voz, aquela puxada de ar pela boca, frases de efeito pré-programadas, sotaque diversos, etc. Mas o que me chamou a atenção foi a quantidade de erros de interpretação do texto, chegando a pontos extremos somente para arrancas gritos de glória da igreja. Vi o despreparo latente, a repetição de frases destacadas do texto e não um desenvolvimento sistemático e coerente.
Fico a me perguntar se isso é má fé pra enganar e encher o coração fraco e dorido de alguns ou se é despreparo do contador de fábulas. Esses "fabulosos" montam fábulas minuciosas, com todo o tipo de artifícios (contos judaicos, inventam historiadores, livros como "Ascensão de Moisés" "Livro de Enoque", etc.) , usam o hebraico ( sem respeitar as regras da gramática hebraica), contam que lhe foram revelados segredos  de textos de difícil entendimento, tudo isso pra impressionar e serem admirados como a nova fórmula da Coca-Cola. Já vi alguém dizer que Elias não queria que Eliseu o sucedesse, outro que não havia agitar das águas no tanque Betesda, já ouvi até o nome da mulher do fluxo de sangue. Não sou contra o aprofundamento no conhecimento, mas digo que no afã de ser visto como diferenciado muitos tem entrado no caminho da heresia e tem pregado única e exclusivamente para que aja "barulho de glória" na igreja. Para estes a bíblia é pouco, tem que ter um engrossante, algo místico, ai entram as fábulas que Paulo tanto nos advertiu para ter-mos cuidado.
Por último quero citar o exemplo maior, o grande pregador, Jesus Cristo. Ele pregava de maneira tão simples e sobre coisas tão cotidianas que hoje ele seria considerado pelos fabulosos como fraco, pregador sem conhecimento, ele não tinha aquelas "teses fortes" que os fabulosos tem e que fazem a igreja bradar aleluias. SOLA SCRIPTURA.

By Pb. Cláudio Oliveira


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