Em um dia de festa
e churrascada nos quintais alheios ou não, depois de ouvir samba, pagode,
seresta, arrocha e etc, alguém tem a brilhante idéia de expurgar seus pecados e
se aproximar de Deus, pega um pen drive ou cd de músicas variadas e coloca uma "música
de Deus" que uma banda de pagode canta e ali crer-se que os pecados, a
bebida, os beijos na boca foram todos anulados por que a música é tocante e
fala em nome de Deus.
Esta cena está se
tornando cada vez mais rotineira, é normal para algumas pessoas ser um
quase-crente, afinal dizem que Deus só quer o coração, então os olhos, ouvidos
e as outras partes do corpo podem cometer todo tipo de pecado e abominação
depois é só ouvir uma música que fala de Deus e pronto como em um estalar de
dedos santo a consciência é colocada pra dormir tranquilamente. Este evangelho
mágico e facilitado está tão latente que daqui a pouco alguns vão acreditar que
existe um quase-céu para os tais quase-crentes.
Os quase-crentes
ouvem um pouco de pagode profano e depois um pouco de pagode gospel; ouvem um
pouco de funk profano até o chão chão chão e depois ouvem um pouco de funk
gospel até o céu céu céu; vão para a balada profana e depois vão para a balada
gospel. Daqui a pouco vai existir carnaval gospel, festa de peão gospel e tudo
mais que puder atrair e acomodar os quase-crentes. Para estes não precisa nem
congregar basta separar um domingo no mês e tudo feito Deus já está gostando de
você, afinal você está fazendo um grande favor a ele.
Hoje tem um tipo de
igreja para cada tipo de pessoa e seus ideais, que são é claro irretocáveis. Em
algumas dessas tendas você nem precisa dizimar, outras ao invês de orar para
receber a benção você compra, tem também aquelas que casamento não é
prioridade. Quero lembrar aos quase-crentes que quase-céu não existe, cantar
uma música cristã não garante salvação a ninguém, ninguém pode servir a dois
senhores, não se pode amar o mundo e amar a Deus. Este modo superficial e
barato de amar a Deus não engana a outra pessoa senão aquele que pratica tal modo
de fé.
by Pb. Cláudio Oliveira
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